Introdução
E
finalmente após dez anos de espera, desde o lançamento de DMC4, finalmente o
tão aguardado Devil May Cry 5 é lançado. Como é de se esperar da Capcom desde o
anúncio do jogo até a sua data de lançamento, a empresa, fez muito mistério a
respeito do jogo, fazendo com que os fãs criassem um monte de teorias. Algumas
até validas, outras sem pé nem cabeça, mas o fato foi, DMC5 bombou nas redes
sociais. Pela primeira vez na história do jogo, nós controlaríamos três
personagens, e diferente de DMC4, não seria caminhos de ida e volta, cada
personagem tinha seu papel na história e cenários, com inimigos e chefões
diferentes.
Tudo
começa com um misterioso ser arrancando o braço de Nero, então é mostrado a
nova mecânica do personagem para o jogo, seus Devils Breakers. Vamos por
partes. Lembra que no texto sobre DMC4 tinha dito que Nero era inexperiente,
portanto, ele não matava os demônios de fato, por isso não ganhava Devils
Arms como Dante. Adivinhem! Apesar de matar alguns chefões nada de Devil
Arms para o protagonista. O que nos dá a entender que a Capcom, realmente
quer manter a jogabilidade de Nero, mais simples, enquanto, Dante cada vez mais
complexa. Isso de forma alguma é uma crítica, até porque, me dou muito bem com
o estilo de jogabilidade de Nero, mas vamos admitir que a introdução dos Devils
Breakers fora uma decisão fenomenal. Em DMC4, o personagem não possuía
tantas variações nos seus combos, claro que se contar os níveis da Exceed,
davam bastante variações, porém, não chega aos pés de Dante. Para reduzir essa
lacuna a Capcom colocou os braços descartáveis, agora Nero, não só possui mais
variações e estilos de jogo, como também, se tornou muito mais forte.
Claro que
gostaria muito de ver Nero, por exemplo, pegando uma Devil Arm, desta
vez, diferente de DMC4, os chefões que Nero abate, acabam se transformando em
matéria prima para Niko criar Devils Breakers. Os meus favoritos
sem dúvidas são: Gerbera, Puch Line, Hang Time, Rawhide, Overture.
Apesar de Nero ser o personagem principal, a maioria das missões, são feitas
com Dante, é claro, se contarmos, as missões da qual podemos escolher um dos
três para jogar. Mesmo assim, Nero ainda é uma peça fundamental para o enredo.
Falando nele, todos os três personagens têm sua parte fundamental para o
enredo, talvez o que tem menor participação em quesito gameplay, seja V.
Novamente
DMC traz uma história bem simples, porém, com detalhes bem peculiares. Tudo
começa com o misterioso “V” visitando Dante e lhe oferecendo um
trabalho, nesta cutscene, podemos ver Dante conversando com Patty
pelo telefone, onde a mesma o convida para sua festa de dezoito anos. Como
disse na análise dos outros jogos, DMC5, pega todo seu material, jogos, novel,
anime… e introduz oficialmente na cronologia dos jogos.
Antes de DMC5
DMC3 Novel / DMC3 / DMC1 / DMC Animated Series / Deadly
Fortuna / DMC4 / DMC2
Depois de DMC5
DMC3 Novel / DMC3 / Novel DMC1 *algumas informações apenas /
DMC1 / DMC Animated Series / DMC2 / Before Nightmare *alguns eventos / Deadly
Fortuna / DMC4 / Before Nightmare / DMC5
Já que
estamos falando de ordem cronológica, então vamos falar de Niko, pois a mesma é
fundamental para isso. A personagem é neta de Nell Goldstein, a mulher
que criou as armas calibre 45 personalizadas de Dante, Ebony e Ivory. Ela foi
mencionada pela primeira vez na Novel do DMC1, onde até então ela estaria viva,
porém no universo do jogo ela está morta, se estivesse viva já seria bem velha,
pois, quando fez as armas para Dante, o mesmo ainda era jovem, ou seja, antes
mesmo dos eventos do DMC3, tanto que num dos arquivos do jogo, Dante deixa a
cidade justamente por conta de um evento que não fica claro. Acredito que foi a
morte da família Goldstein. Niko é neta adotiva de Nell Goldstein, sua
verdadeira família é Agnus, seu pai, Alyssa Martin, sua mãe. Sim é o mesmo
Agnus do DMC4 que Dante mata. Apesar de Niko ser um personagem introduzido
apenas no DMC5, ela já existia bem antes, como mencionado, Lady utilizava de
seus conhecimentos com armas de fogo para sua própria caçada.
Niko é
uma personagem bem carismática, e também muito sensual, uma verdadeira fã de
Dante, apesar de nunca ter conhecido o lendário filho de Sparda, ela possui
inúmeros documentos e pesquisas sobre ele. Trabalha com Nero numa filial móvel
da Devil May Cry, sendo a interação entre ambos muito divertida
demostrando um pouco de sua amizade. Detalhe que no começo do jogo, quando Morrisson
— outro personagem do anime que veio para os jogos, porém, diferente do anime,
aqui ele é negro enquanto no anime era branco e parecia ser mais novo — leva “V”
para conhecer Dante, o último se encontra numa situação precária, sem energia,
sem dinheiro, mais falido do que nunca. Bem talvez a filia não tenha sido uma
boa ideia para os negócios de Dante, ou talvez, não tenha tantos trabalhos que
lhe interessa já que Dante está muito forte.
Como estamos
falando sobre Dante, vamos continuar, o personagem mais amado da série retorna,
na sua forma original felizmente. Desta vez bem mais velho que em DMC4 e também
mais desleixado. Dante parece estar muito tempo sem trabalhos e suas
amiguinhas, Lady e Trish, não estão nem um pouco com vontade de sustentar esse
demônio preguiçoso, ou talvez, seja apenas ciúmes, já que ele foi duas vezes
visitar Lúcia. Bom, brincadeiras à parte, a narrativa de Dante remete muito a
DMC3, apesar de ter muito mistério sobre quem é V e o tal demônio Urizen, os
fãs já desconfiavam que ambos eram Vergil. Então novamente temos DMC3, porém,
numa escala muito maior.
Único
ponto onde DMC5 deixa desejar é questão história, como dito, ela sempre é
simples demais ou então, reciclada. No caso deste jogo são ambos, Vergil estava
morrendo, então recupera a Yamato arrancando o braço do seu filho, volta a sua
antiga casa, faz um ritual usando a espada para separar o lado humano do demônio,
nisso nasce “V” e Urizen. Então libera a planta do submundo chamada Qliphoth,
da qual necessita de sangue humano, para gerar seus frutos que dá aquele que o
come um poder absurdo. O fato de Mundus ser tão poderoso se dá ao mesmo em
algum momento também ter comido do fruto. Os inimigos aqui são os mesmos de
DMC3 e DMC1, só que desta vez, com gráficos melhores, também temos inimigos
novos e equivalentes para os de DMC4. Dos chefões o destaque fica para Goliath,
Malphas, Urizen. Estes são os únicos chefes que não são reciclados de jogos
anteriores, não que sejam ruins, apenas que já lutamos com algum deles alguma
vez. Por esse motivo que não considero DMC5 o melhor jogo da franquia, a única
coisa que ele perde para o 3 é, história, trilha sonora, ambientação e
inimigos.
A REngine
sem dúvida, fundamental, para a Capcom voltar ao topo, o jogo é lindo demais. A
técnica de captura de rosto é sem dúvidas a melhor nas engines do
mercado. For por conta dela que presenciamos os personagens mais realista do
que nunca e sem contar nas expressões faciais que são bem condizentes com as
emoções dos personagens, portanto, em gráficos, DMC5 não perde em nada. A única
coisa chata é que agora como são modelos reais que dão rosto e corpo para os
personagens, Lady e Trish, perderam aqueles peitos enormes bem característicos.
Outra coisa que achei bem decepcionante no jogo foi o fato das duas mulheres
mais foda, não ter participação relevante no jogo, é certo que o jogo foca nos
descendentes de Sparda, mas acredito que as meninas poderiam ser melhor
utilizada, do que apenas servir como recurso para o vilão. Após termos o
gostinho de jogar com Lady e Trish na edição especial de Devil May Cry
4, aposto que alguns fãs, como eu, gostaria de pelo menos uma vez, repetir a
dose. Quem sabe numa futura edição especial ou possível DLC.
Devil May
Cry
5 é uma obra prima e agora com sua chegada, ele pode literalmente, dá uma nova
guinada para a franquia. Os eventos do último jogo foram de escala mundial, com
todos sabendo o que estava acontecendo naquela cidade, tanto que se, Qliphoth
não fosse destruída, ela provavelmente acabaria com todo o mundo. Também quero
que futuramente, caso Vergil e Dante voltem, eles não finjam que os
acontecimentos desse jogo já passou e todos esqueceram, pois, Vergil foi
responsável pela morte de muitas pessoas, o mundo inteiro não devia perdoar o
mesmo só por ter cortado a raiz da planta impedindo a destruição do mundo,
sendo que o mesmo causou tudo aquilo para superar Dante.
Espero
que sacrificar a história em DMC5, seja um sacrifício necessário e que, nos
próximos jogos, a Capcom se sinta mais livre para contar outras histórias sem
precisar se prender a Sparda, podendo expandir ainda mais seu universo. Na minha
concepção, Devil May Cry, pode se tornar um novo Metal Gear, no
quesito sucesso e inovação, já que agora temos material de sobra para contar
histórias mais interessantes e fazer o que só Devil May Cry, faz de
melhor, muita ação com estilo de sobra. Aqui termina minha visão dos jogos da
franquia, provavelmente não farei uma versão de DMC2, pois, este em questão,
não terminei já que era muito chato.
É claro que a série não termina por aqui, ainda
teremos mais postagens sobre outros materiais da franquia, como o Anime
e as Novels, mas antes disso, gostaria de fazer uma previsão de como
gostaria Devil May Cry 6. Então para dá tempo de ler as Novels: Deadly
Fortuna e Before Nightmare, que são muito difíceis de se encontrar,
vou seguir desta forma.